A ex-vereadora Maria Creuza Silva (PL), acusada de homicídio qualificado e ocultação de cadáver contra o lavrador Samuel, foi absolvida pelo júri popular do município de Barra da Estiva, na última quarta-feira (23).
Ao site Achei Sudoeste, o advogado da família da vítima, Maurício Vasconcelos, relatou que o conselho de sentença reconheceu Maria Creuza como a autora do crime. Porém, contraditoriamente, o júri absolveu a ré por 4 votos a 3.
“A decisão do júri foi reconhecendo que ela matou o Samuel, no entanto, absolveu. Ela foi condenada a uma pena mínima de 1 ano pela ocultação de cadáver. Essa pena foi substituída por prestação de serviço à comunidade”, argumenta o advogado.
Maurício Vasconcelos alega que a decisão foi incoerente e incompreensível, visto que, mesmo reconhecendo a autoria do crime, o júri absolveu a ré. “A meu modo de ver um julgamento contraditório e confuso”, relata o advogado da família de Samuel.
Os familiares da vítima se mostraram surpresos e revoltados com a absolvição da ex-vereadora. “Nós estamos revoltados com a qualidade do júri. Estamos nos sentindo violados, apunhalados pela própria sociedade, que, dias atrás, pedia justiça pelo caso do vereador aqui recente e ontem, que foi a oportunidade de fazer justiça e dar uma basta nas injustiças, acabaram fazendo o contrário”, dizem os parentes do rapaz assassinato.
A defesa anda está avaliando a possibilidade de entrar com um recurso para realização de um novo julgamento.Jornal da Chapada com informações do Portal Achei Sudoeste
Entenda o caso
No dia 15 de dezembro de 2007, a vida de Samuel Silva Machado foi interrompida de forma brutal e cruel. Ele foi visto pela última vez indo à residência de Creusa para cobrar uma dívida resultante de negócios relacionados ao cultivo de café. A comunidade ficou angustiada com seu desaparecimento, e as suspeitas começaram a cair sobre Creusa.
O primeiro indício surgiu quando um odor permeou a região e urubus se aglomeraram sobre uma jaqueira na propriedade de Creusa. A investigação revelou um cenário pavoroso: partes da ossada humana de Samuel foram encontradas enterradas e queimadas, evidenciando uma tentativa desesperada de ocultar o crime. Oito meses depois, mais fragmentos de seus restos mortais foram descobertos em um local de difícil o próximo ao Riacho do Careca, na região chapadeira.Jornal da Chapada com informações de assessoria.